Rio de Janeiro: Vale a pena incluir Niterói no roteiro?

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Você comprou um pacote de viagem para o Rio de Janeiro, já visitou todos os pontos turísticos clássicos e, ao curtir mais uma tarde de sol  na Cidade Maravilhosa, bate a dúvida: vale a pena tirar um dia para atravessar a Baía de Guanabara e conhecer Niterói?

Como eu sou defensora de não fazer da praia a única atração de destinos no litoral (veja também dicas de passeios na Baixada Santista além da praia), devo dizer que esticar até Niterói é uma excelente alternativa para diversificar a programação no litoral fluminense.

Localizada a 13  quilômetros da capital do Rio, Niterói é o segundo lugar do mundo com o maior número de obras projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer e também abriga construções que contam parte da história brasileira, tudo isso com uma vista espetacular do relevo das montanhas cariocas.

Para completar, tem várias formas de chegar lá sem gastar muito: dá para ir de balsa, de ônibus, de táxi/uber ou até misturar as alternativas. Então, se ficou curioso, segue um roteiro para explorar a Cidade Sorriso por um dia durante a estadia no Rio de Janeiro:

Museu de Arte Contemporânea  

Niterói abriga um complexo arquitetônico composto por sete construções ao longo da orla, que formam o Caminho Niemeyer, junto com o Museu de Arte Contemporânea (MAC).

Mesmo não sendo amante de arte moderna, achei o acervo interessante (e tirei as fotos mais ridículas possíveis com as peças de arte). Além disso, de dentro do museu tem vistas lindas do Rio de Janeiro. Por isso, não precisa entender do assunto para apreciar uma visita ao MAC.

O museu ainda tem uma programação cultural bem criativa e o ingresso custa só R$ 10. Se a visita for às quartas-feiras, você pode admirar o acervo e as exposições de graça.

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Agora se não quiser entrar no museu, tudo bem. O ambiente por fora compensa uma parada. A arquitetura do prédio em formato de espaçonave impressiona e o espelho d’água salgada ao fundo destaca as curvas livres da construção.

Balsa e ponte Rio-Niterói

A balsa é uma opção para chegar a Niterói e, na minha modesta opinião, já é um passeio à  parte. Eu nasci na Baixada Santista e amava quando precisava pegar a barca. Algo sobre a imensidão de água, o sol,  o vento… A mistura de tudo mexe comigo. Então, pode imaginar que eu fui a primeira a aprovar a ideia de ir de barco até cidade vizinha.  Para variar o roteiro, é possível fazer a ida ou a volta pela ponte Rio-Niterói e também apreciar a vista da costa fluminense.

Fortes

Incrustados na costa de Niterói, sete fortes carregam em suas muralhas um pedaço do passado do Brasil. A construção mais antiga é a fortaleza de Santa Cruz, a primeira erguida em volta da Baía de Guanabara na época da invasão francesa em 1555. O local é aberto à visitação e o ingresso custa R$ 10.

Além de ter a silhueta do Pão de Açúcar como pano de fundo, ao entrar na fortaleza é possível percorrer as masmorras onde os piratas foram aprisionados e ver 45 canhões usados para defesa do território brasileiro.

Na cidade estão também o Forte Barão do Rio Branco, Forte Imbuí, Forte São Luiz e do Pico, Forte Gragoatá e as ruínas do Forte da Boa Viagem. Todos são abertos à visitação e até existem tours operados por agências locais que fazem o percurso completo para visitar todos os pontos históricos.

Parque da Cidade

O Parque da Cidade está localizado no alto do morro da Viração, numa altitude de 270 metros em uma área preservação ambiental. Cercado pelo verde, o local conta com um mirante que a visão panorâmica das Lagunas, Praias Oceânicas, bairros de Niterói e também completar as montanhas mais famosas do Rio de Janeiro e o mar aberto, até onde a vista consegue alcançar.

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É o local com acesso um pouco mais restrito, já que a subida é íngreme e não há linhas  de ônibus para chegar ao topo. O jeito é recorrer ao táxi ou uber para apreciar a vista.

Praias

Para os maníacos por praia, também dá para pegar um bronzeado do outro lado da Baía de Guanabara. As praias badaladas ficam na região oceânica de Niterói, área mais afastada do restante dos pontos turísticos da cidade e pouco explorada por turistas. É possível chegar de ônibus, mas de carro daria mais tempo para desfrutar das praias de águas transparentes.

Gisele Barcelos

Jornalista por profissão e planejadora compulsiva de viagens. A mesma dedicação que tenho para conseguir um furo de reportagem, também uso para pesquisar sobre novos destinos e roteiros. Amo compartilhar dicas para ajudar quem sonha começar uma aventura, mas não tem ideia de como planejar. Estou sempre em busca do próximo embarque, com uma mala tamanho P e uma playlist caprichada no celular.

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