Peru: viagem pelo Vale Sagrado dos Incas até Machu Picchu

Compartilhe!

Conhecido entre as sete maravilhas do mundo, Machu Picchu é a primeira imagem que vem à mente ao pensarmos em uma viagem para o Peru. A cidade perdida dos incas impressiona não só nas fotos, mas também ao vivo e não pode faltar no roteiro da primeira visita ao país andino.

No entanto, o turismo no país não vive apenas de Machu Picchu. Pelo caminho até as famosas ruínas incas, há várias paradas estratégicas para admirar no Vale Sagrado e fazer o máximo da sua viagem.  Então, anote o roteiro básico para se aventurar pelo Peru e tire as dúvidas para organizar sua visita ao país.

Veja também: Quanto custa o roteiro básico de viagem ao Peru?

Quantos dias para ver o essencial no Peru?

Para conhecer o básico do Vale Sagrado dos incas, serão necessários de cinco a sete dias inteiros de viagem. Você fará uma conexão rápida no aeroporto de Lima e seguirá para Cusco, onde poderá estender o roteiro a Pisac, Maras, Moray, Ollantaytambo e fechar o passeio em Machu Picchu.

Sete dias é o ideal para percorrer toda essa região sem correria. Assim, vai ter tempo para descansar entre as intensas caminhadas de tirar o fôlego por causa do ar escasso na altitude do Vale Sagrado.  Essa estratégia é essencial para evitar o soroche.

O que fazer no Peru além de Machu Picchu

O roteiro básico de 7 dias pode ser dividido assim:

– 3 noites em Cusco: o dia de chegada sem atividades pesadas para o organismo se adaptar à altitude de 3.400 metros acima do mar. O segundo dia pode ser para caminhar pelas ruas históricas de Cusco ou conhecer os pontos arqueológicos próximos. O terceiro dia vale um bate-volta ao sítio arqueológico de Pisac. Veja o roteiro detalhado aqui!

– 1 noite em Ollantaytambo: você sairá de Cusco e visitará as salineras de Maras e o sítio arqueológico de Moray no caminho até Ollanta, onde vai encerrar o dia.

– 1 noite em Águas Calientes: depois de explorar a fortaleza inca e as ruas antigas Ollantaytambo no período da manhã, você embarca à tarde no trem com destino a Águas Calientes – o vilarejo que fica aos pés de Machu Picchu. Descanse em Águas Calientes para subir a montanha nos primeiros horários no dia seguinte e desbravar o interior da cidade perdida dos incas.

Leia Mais:  O mapa para Nárnia em um passeio com CS Lewis

– 1 noite em Cusco: após um dia de intensa atividade em Machu Picchu, pegue sua mochila no hotel e embarque de volta para Cusco para a última noite no Peru e descanse antes do voo de retorno ao Brasil no dia seguinte.

Tem mais tempo disponível?
Se você tiver 10 dias para a viagem, recomendo fazer um stop over em Lima e reservar de 2 a 3 dias para a capital do Peru antes de seguir para Cusco. Não temos voos diretos do Brasil para a região do Vale Sagrado, onde fica Machu Picchu.

Por isso, Lima é parada obrigatória no roteiro, mas você decide se a conexão será de apenas algumas horas no aeroporto ou de alguns dias para conhecer mais da cidade onde os prédios modernos dividem espaço com a arquitetura colonial espanhola.

Caso a estadia no Peru seja a partir de 15 dias, pode ainda incluir no roteiro visitas à Rainbow Montain (Vinicunda), linhas de Nasca, Vale do Colca, Ica, Paracas, Ilhas Ballestras, Huacachina, Arequipa, Puno ou Puerto Maldonado.

Como se locomover entre os lugares no Vale Sagrado?

As opções são diversas para atender a todos os perfis de viajante. Há a possibilidade de pegar um táxi para se deslocar entre os sítios arqueológicos e pequenas cidades próximas a Cusco ou contratar excursões para percorrer os pontos turísticos do Vale Sagrado acompanhado por um guia.

Existem também vans de linha e ônibus que saem em horários regulares para interligar Cusco a Pisac e Ollantaytambo. O trem é outra opção de transporte entre Cusco e Ollantaytambo.

O ônibus é ainda uma alternativa para chegar a Arequipa, Nasca, Puno, Ica e Paracas, mas é bom saber que a viagem será demorada e cansativa. Dependendo do tempo e orçamento disponível, há voos internos entre Cusco, Arequipa e Ica.

Além disso, desde o ano passado, os trilhos da ferrovia ligam Cusco a Arequipa e Puno para os interessados em viajar em grande estilo para conhecer as linhas de Nasca e o lago Titicaca.

Melhor época para a viagem ao Peru

Se o foco da viagem for Machu Picchu e o Vale Sagrado, planeje-se para visitar o Peru na estação seca, de abril a setembro. Neste período, a probabilidade de chuvas será menor e você reduz o risco de encontrar a cidade inca encoberta por nuvem e neblina. Acredite, devido à altitude, isso pode acabar com o passeio.

Leia Mais:  Calcule quanto dinheiro levar para sua viagem internacional

O clima também será ideal para passeios nas demais montanhas e sítios arqueológicos do país. Só lembre que a estação seca coincide com a época de frio e as temperaturas são mais baixas na região. Então, prepare a mala com casacos adequados para enfrentar o vento.

No verão, entre dezembro e fevereiro, chove muito em Cusco e no Vale Sagrado. Já houve anos em que a estrada de ferro ficou interditada, o que pode inviabilizar o deslocamento para as principais atrações.

Já Lima pode ser visitada o ano inteiro. No entanto, não espere bom tempo. A capital do Peru é famosa pelo céu nublado. As chances de ter um pouco de sol serão melhores nos meses de verão, mas não vá com muitas expectativas.

Qual moeda levar para o Peru?

A moeda utilizada no país é o novo sol peruano. No fim de 2018, cada 1 sol valia cerca de 1,15 real brasileiro. Apesar da cotação quase equiparada, comprar moedas fracas no Brasil pode não ser interessante. A margem de lucro das casas de câmbio nessas moedas é maior do que a margem para a venda do dólar ou euro.

Por isso, o mais recomendado é levar dólares para trocar por soles no Peru. Você também consegue encontrar facilmente casas de câmbio para trocar reais por soles, mas neste caso fique atento ao cenário brasileiro. Se ocorrer uma forte desvalorização na moeda brasileira, há risco das casas pararem de aceitar o real e você ficar em apuros.

Na minha viagem, levei a maior parte em dólar e uma quantia reserva em reais para evitar de passar o cartão, caso tivesse gastos extras. Em Lima e Cusco, qualquer local permitia facilmente a troca de reais por soles. Por outro lado, não encontrei essa opção de câmbio nos pequenos vilarejos do Vale Sagrado.

Precisa de passaporte para visitar o Peru?

Não! O Peru faz parte do Mercosul e, por isso, os brasileiros podem entrar no país apenas com a apresentação da carteira de identidade. Agora, se você tem passaporte, sugiro viajar com o documento para garantir mais um carimbo. Além da estampa oficial da imigração, em Machu Picchu você pode marcar as páginas do caderninho azul com uma figurinha simbólica do sítio arqueológico. #ficaadica

Leia Mais:  Seguro viagem é obrigatório na Inglaterra e restante do Reino Unido?

E vacinação contra febre amarela?

Até o momento, não é exigida a vacina contra febre amarela para entrar no Peru. A imunização é apenas recomendada para quem vai à Amazônia peruana. No entanto, o surto da doença no Sudeste brasileiro em 2017, já levou país latinos como a Colômbia, Panamá, Cuba, Bolívia, Venezuela e Nicarágua a passarem a exigir a vacina de brasileiros.

Não é possível prever uma alteração nos critérios do país. Além disso, é necessário ter em conta que a vacina só vale depois de 10 dias da aplicação. Se o Peru passar a exigir a vacina amanhã e a viagem estiver marcada para dali a oito dias, podem ocorrer problemas na hora do embarque ou mesmo na imigração. Então, tome a vacina e providencie a emissão do certificado com antecedência.

O Peru tem sistema público de saúde ou só particular?

Segundo as informações oficiais do Ministério das Relações Exteriores, a rede de saúde peruana é boa, mas os hospitais públicos do país não disponibilizam atendimento gratuito a turistas estrangeiros. Por isso, é aconselhável a contratação de um seguro de saúde que ofereça assistência médica ao viajante ou cubra eventuais despesas médicas durante a estada no país.

VIAJE TRANQUILO COM DESCONTO NO SEGURO
Clique no link e utilize o cupom CHECKLISTMUNDO5 para ter 5% de desconto no valor do seu seguro viagem!

como faço para ter internet no celular durante a viagem ao peru?

É muito fácil comprar um chip de celular local para não ficar desconectado durante a viagem. No Peru, a melhor operadora é a Claro e basta se direcionar a uma loja física para comprar o chip que custa 35 soles no total (5 soles o chip + 30 pacote de dados). Você só precisará mostrar seu documento de identidade (RG, CNH ou passaporte) para efetuar a compra. Em Lima, a loja com endereço mais acessível da Claro fica em Miraflores, na Av Jose Larco 652. Já em Cusco, tem uma loja na  Av. Ayacucho, 227 (meio quarteirão da Av El Sol).

Gisele Barcelos

Jornalista por profissão e planejadora compulsiva de viagens. A mesma dedicação que tenho para conseguir um furo de reportagem, também uso para pesquisar sobre novos destinos e roteiros. Amo compartilhar dicas para ajudar quem sonha começar uma aventura, mas não tem ideia de como planejar. Estou sempre em busca do próximo embarque, com uma mala tamanho P e uma playlist caprichada no celular.

3 Comments

  1. […] você decidiu seguir o itinerário sugerido no blog para a primeira visita ao Peru, o roteiro terá, no mínimo, três noites em Cusco. Será o suficiente para ver o essencial sem […]

  2. […] por isso, Águas Calientes ocupa uma posição estratégica no roteiro básico de viagem ao Peru. O vilarejo com pouco mais de 6.000 moradores fica localizado aos pés da montanha onde as ruínas […]

  3. […] te ajudar a fazer as contas, reuni neste post todos os custos para o roteiro básico de primeira viagem ao Peru, desbravando o Vale Sagrado dos incas e Machu Picchu. Os preços são apenas uma referência para […]

Tire dúvidas e compartilhe suas experiências de viagem aqui: